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[Atualizada]Promoção: Acerte os filmes que estão no cartaz do blog e ganhe 1 par de ingressos para THIS IS IT

Promoção: Acerte os filmes que estão no cartaz do blog e ganhe 1 par de ingressos para THIS IS IT

Isso vale para o pessoal do Centro Universitário Feevale:

No prédio amarelo, foram distribuídos cartazes do blog, com 8 cenas de filme. A tarefa não é tão fácil quanto parece, mas se você acertar os filmes ali presentes, leva um par de ingressos para o filme Michael Jackson's This Is It. É sua chance, participe e ganhe prêmios.

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Intervalo em mais uma mostra!

Intervalo em mais uma mostra!

O 8º Festival de Cinema e Video Estudantil de Guaíba selecionou a mostra oficial! Entre 125 inscritos, 12 selecionados para a Mostra Alternativa Ficção. Entre eles, o curta Intervalo, produção que tem minha direção(Misael Lima) e roteiro de Maria Carolina Bastos. O curta será exibido no dia 9 de novembro, a partir das 20h da noite, no Campus da Ulbra em Guaíba.

Informações pelo site do Festival, aqui .

Confira o trailer:

Ps: Em produção, o documentário "Jéssica", com direção de Maria Carolina Bastos. Em breve...

Distrito 9 - Filme promete muito e cumpre pouco


Distrito 9 - Filme promete muito e cumpre pouco

Nota: 7 / 10

África do Sul / Nova Zelândia, 2009 - 112 min
Ação / Ficção científica
Direção:
Neill Blomkamp
Roteiro:
Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco:
Sharlto Copley, Jason Cope, David James

Uma população isolada em um gueto, na sempre alvo de polêmicas Joanesburgo, África do Sul. Dizer que essa história relembra o apartheid não é mera coincidência. A cidade que foi palco da maior discriminação racial nas últimas décadas ainda sustenta raízes desse mal tão próximo. Um negro sem colete à prova de balas, os nigerianos indispensavelmente criminosos e apenas descendentes caucasianos no poder. Em Distrito 9 esses são apenas detalhes quando o maior inimigo(ou talvez, vítima) é um grupo de alienígenas enclausurados em uma zona de contenção há mais de 20 anos. Em formato de falso documentário, o que vem a seguir, é um retrato perturbador da natureza humana.

Em um dia, tudo dá errado. A multinacional encarrega seus empregados de um serviço perigoso: Cadastrar e trasnferir todos os "camarões"(como são chamados os alienígenas) há um novo campo de refugiados. Sua nave, estacionada sobre Joanesburgo por mais de vinte anos ainda incomoda os moradores da cidade e causa insegurança a todos. Um documentário promete reconstruir o que aconteceu nesse dia.

Provavelmente os 30 primeiros minutos do filme são genuinamente originais e diferentes. A proposta do falso documentário retrata os personagens e prenuncia um desastre. Sociólogos defendem os aliens, ongs culpam a MNU e as pessoas comum desprezam os párias da sociedade. O que vemos ali não é nada menos do que já aconteceu durantes os anos fatídicos de repressão racial do país. Observamos chocados a forma como os humanos reagem às criaturas indefesas que nem queriam estar ali desde o início. A repugnância não é digna do brancos, mas mesmo dos moradores negros da cidade, que não suportam a presença dos "camarões".

O desenvolver atinge seu climax quando os engenheiros de armas descobrem uma forma de utilizar o armamento alienígena em seus soldados. Infelizmente, depois disso, Distrito 9 descaracteriza totalmente. Sai o tom de documentário, entram os clichês de filmes de ação. O fugitivo inocente, a dupla dinâmica diferente, mas que tentam relutantemente se auxiliar, superação humana e blá blá blá. O filme inicialmente joga suas expectativas no alto, para depois acabar com elas em menos de 15 minutos. Tecnicamente o filme é competente, mas consgue arruinar uma boa premissa na tentativa de conquistar maior número de público, ou mesmo por incapacidade de manter o ritmo perturbador de seu início.

A produção de Peter Jackson ao menos consegue trazer ao filme de baixo orçamento uma qualidade em efeitos especiais digna de grandes blockbusters. Mas, não foi o suficiente para tirar Neill Blomkamp da mesmice sem originalidade que os grandes estúdios sofrem.

Anticristo - Os demônios de Lars Von Trier


Anticristo - Os demônios de Lars Von Trier

Nota: 9,5 / 10

Dinamarca/Alemanha/França/Suécia/Itália
, 2009 - 109 min
Terror
Direção:
Lars Von Trier
Roteiro:
Lars Von Trier
Elenco:
Willem Dafoe, Charlotte Gainsbourg

"Eu sou o melhor diretor do mundo", . A declaração foi dada pelo dinamarquês Lars Von Trier no Festival de Cannes deste ano em entrevista coletiva, devido à exibição de seu último filme, Anticristo. Ela pode ter sido considerada arrogante por boa parte da imprensa, mas o passado do diretor mostrava que esse era um sinal da sua recuperação após um período de dois anos de depressão que ele passou. Esse novo projeto era uma espécie de expurgação da doença que o afligia. O resultado é um pesadelo sufocante que vemos retratados na tela.

A história acompanha um casal sem nome que após a morte do filho, vai para uma cabana no meio de uma floresta, curar suas feridas. O luto que a mulher sofre é fora do comum e seu marido, um psicólogo racionalista, se esmera ao máximo para ajudá-la. Aos poucos, o luto ruma da dor para o desespero e traz os piores demônios de cada uma à tona.

O filme é dividido em 4 capítulos Luto, Dor(o caos reina), Desespero(Ginocídio) e os três mendigos, mais um prólogo e epílogo. O prólogo aliás, é uma das cenas mais belas do cinema no ano, de profundo significado para o filme e uma estética mais do que apurada. Claro que sem um bom desenvolvimento essa cena não deveria significar nada. Mas, Anticristo é uma obra-prima. Tecnicamente impecável, esteticamente apurado e provocantemente denso.

A fotografia pálida do filme, coincide com as cenas angustiantes de sexo e os pequenos sustos perturbadores plantados durante a projeção. Se a raposa falante causa algum tipo de humor, também é capaz de preparar o espectador para as cenas de terror psicológico e físico que estão por vir. E nisso o filme sabe dialogar. Navega do porto de conversas racionalistas e discussões odiosas ao gore digno de albergues da vida.

Os dois atores não precisam de apresentação: Willem Defoe é incisivo e destrutivo, parece abrir sua esposa como um cadáver com palavras duras e racionalistas. Já Charlotte Gainsbourg entra pra lista de mulheres atormentadas e torturadas do diretor. Sua representação é forte, inesperada e violenta. Consideradas desnecessárias por alguns, as cenas de mutilação genital são a coroa de espinhos desta horrenda viagem a natureza humana.

Anticristo vai acabar com você.