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Quinquagésima postagem - Sobre os 20


Enquanto a colega Juliane, provável única leitora desta página, tem recém completados 20 anos, eu me encaminho para os dois últimos meses dessa época. E para falar a verdade, nunca firmei meus sonhos e pontos de vista nos vinte, mas sim nos dezoito. Mesmo assim, vou seguir com o jogo.

1. Três coisas relacionadas a época antes de chegar aos 20&Alguns: o que esperava da sua vida aos 20&Alguns?

Não me preocupava tanto com o futuro, tinha outros valores e outras metas na minha vida.
Não esperava nada dos meus vinte anos. Só esperava que como todos os anos seguintes, ele não passasse tão rápido. Aprendi que para isso, é só aproveitar bem o tempo com ele.

2. Três realizações aos 20&Alguns:

Europa!
Ser fodão profissionalmente.
Ver filmes no cinema todos os fins-de-semana.

3. O que você mais gosta ou gostou aos 20&Alguns?

A independência! Oh God, como pude viver sem ela todo esse tempo...

Jumper - Oh, it was so boring...


Quando vi os anúncios iniciais de Jumper, fiquei empolgado. O filme tinha tudo para ser um ótimo filme de ação: uma história inteligente, um diretor excelente e muita ação. Doug Liman, diretor de Sr. e Sra. Smith e Identidade Bourne, sabe coordenar cenas de ação de maneira rápida e competente, mas quando o roteiro é mal sustentado, isso pode ser incrivelmente chato.

Hayden Cristensen, o Anakin Skywalker da nova série de Guerra nas Estrelas, é um rapaz com problemas na família, que descobre o poder de se teleportar para qualquer lugar do mundo, precisando unicamente ver ou pensar nele. Diferente dos super-heróis convencionais, o garoto resolve roubar bancos e melhorar sua vida, ao invés de salvar o mundo. Mas, uma organização secreta está disposta a acabar com todos os jumpers do mundo, custe o que custar.

Com um protagonista fraco e insosso(candidato a substituir Keanu Reeves?) estrelando o filme e um elenco de apoio de mesmo grau, excetuando Samuel L. Jackson, que mesmo assim está numa atuação abaixo da média, Jumper esquece a cabeça e brinda o espectador com efeitos incríveis e imagens bonitas do mundo. O roteiro de David Goyer, diretor do vergonhoso Blade: Trinity, é raso e cria muitas histórias paralelas mal arrumadas e finalizadas. Ele redimiu-se pelo brilhante roteiro de Cavaleiro das Trevas.

Jumper é desinteressante e entediante, bom para uma sessão da tarde. E tem a bela Rachel Bilson, da série O.C.

Batman - The Dark Knight


Eu ainda não estou apto para fazer uma crítica desse filme. Talvez nem deva. Afinal, não serei imparcial nem comedido. Talvez, na quarta vez que assistir o filme no cinema, consiga ser um pouco mais crítico...

Ok, tentarei fazer isso agora.

A verdade é que Cavaleiro das Trevas, é na minha opinião, o melhor filme do ano. Sei que falei de Wall-E e outros filmes coisas semelhantes, mas encaixemos cada um na sua categoria. Em menos de uma semana, assisti a este filme 3 vezes, e em nenhum momento me senti cansado ou arrependido. Uma aula de como fazer um ótimo filme de ação, escolher um ótimo elenco, criar uma ótima história.

Para ser sincero, achei Batman Begins muito entediante. Mas, o Grande Truque mostrou que o diretor Cristopher Nolan era muito competente, e sabia conduzir de forma inteligente um filme. CdT mostrou isso, sucedendo inúmeros clímax em duas horas e meia. Quando parece que a história finalmente acabou, eis que surge um novo desafio, uma nova saída. Os trailers do filme não mostravam sequer metade da história do filme. A cena do confronto de Bruce Wayne com o Coringa, de Heath ledger, na Bat-Moto prenunciava o fim. E não era. Ainda havia mais uma hora de filme pela frente.

Heath Ledger merece um destaque a parte. O ator é irreconhecível em seu póstumo papel. Genial, brilhante são adjetivos que não fazem jus ao trabalho dele. Você torce para ver o personagem em ação.

Defeitos, sim existem. E acho que o mais gritante é uma história secundária com o advogado de Bruce Wayne, que achei desnecessária. Mas, pelo menos, detona uma das melhores cenas de todo filme, com direito a um duelo de moral entre Harvey Dent(incrivelmente interpretado por Aaron Eckhart) e o Coringa, e uma explosão magnífica.

Quando o filme encerra, você só pensa em gritar. Só.

Senhores do Crime - ou Aragorn, de sobretudo e semi-automática


Marcas da violência é um filme com uma história forte, claro, mas não é isso que chama a atenção na película: o desenvolvimento realizado por David Cronenberg, suplanta a história em privilégio da atuação de Viggo Mortensen, como um pai de família de passado obscuro, e dos relacionamentos e humanindade presentes no filme. As duas cenas de sexo que o protagonista e sua esposa realizam durante o filme, desfazem as aparências perpetuadas por uma sociedade de falsos valores. Senhores do Crime repete a dupla genial do primeiro filme, mas desta vez, a idéia é bem mais implícita.

Anna é uma parteira de hospital, que encontra junto com uma paciente morta um pequeno diário. Descendente de europeus orientais, ela decide traduzir o diário e entregá-lo a algum parente da vítima, para que a criança tenha um lar. O que ela descobre, é que a garota morta fazia parte de um esquema de tráfico de mulheres, perpetuado pela máfia russa. Lá, ela conhece Nikolai, um misterioso capanga que faz os trabalhos sujos desse grupo. Uma estranha ligação parece nascer entre os dois.

Se você pensa que a história é sobre Anna, engana-se completamente. Nikolai, interpretado magistralmente por Viggo Mortensen, é o ponto central e chave do filme. É nele que o enredo se desenvolve e graças a ele que o filme anda de forma tão forte até seu final. Até onde o bem deve agir, para acabar com o mal. Enquanto em marcas da violência o diretor mostra uma sociedade apática e hipócrita, nesse, ele desvenda o submundo de forma visceral. As tatuagens e suas histórias são outro ponto fundamental da história, tendo sido inseridas no filme pelo ator que através de pesquisas, descobriu a riqueza destes detalhes.

E a interpretação é impecável. Viggo age, fala, vive como um russo. A cena no banheiro é emblemática, crua e forte. Não é a toa que ele foi indicado para Oscar de melhor ator. Assim como o filme concorreu a diversos prêmios, igualmente válidos. Cronenberg sabe desenvolver um filme que faz a diferença, por fazer pensar.

Kung Fu Panda - A mais nova mina de ouro da DreamWorks


Não há reclamações a serem feitas de Kung Fu Panda. A idéia de um panda lutar kung fu é hilária por si só e o filme aproveita-se bem desse fato. É divertido, tem ação e, tecnicamente falando, não apresenta defeitos. A movimentação, o show de cores, as batalhas e os personagens, derretem qualquer adulto ou criança: ninguém sobrevive ao charme do filme. Lembra bastante Shrek, uma novidade que rendeu o primeiro Oscar em animações para a empresa Dreamworks.

A história mostra Po, um panda filho de um cozinheiro que sonha tornar-se o grande dragão guerreiro: um mestre das artes marciais que derrotava exércitos inteiros sozinho. Quando o poderoso vilão Tai Long escapa da prisão onde estava há vinte anos, Po é escolhido para ser treinado pelo mestre Shifu e tornar-se o lendário guerreiro.

O filme tem ação, aventura e comédia, totalmente despretensiosos. Com muitas tiradas hilárias, como, por exemplo, o fato do urso ser filho de um ganso, o filme prima pela beleza visual. O roteiro não se preocupa em ser óbvio e também, ninguém liga para isso. Excelente animação, mas com certeza não se compara ao seu rival de estação, WALL-E, que prima pela inteligência e é até o momento, o candidato mais forte ao OSCAR de animação da academia. Mas, isso tudo é apenas uma questão de foco: A Dreamworks busca o dinheiro e a Pixar, a perfeição.

Hancock - Um filme redondo


É incrível o efeito que Will Smith tem nas platéias. Não importa o filme que ele faça, sempre temos salas superlotadas de pessoas, principalmente nos Estados Unidos. Sinceramente, não imaginei que o fenômeno repetiria-se aqui no Brasil e por subestimar o poder do Efeito Smith, perdi a sessão de domingo do filme, que estava abarrotada de pessoas. Segunda-feira já estava mais calmo e pude conferir e confirmar: mais um blockbuster redondinho do astro de Homens-de-preto e Eu, Robô. Cito os dois, porque, apesar da bela atuação em Eu sou a Lenda, o filme me decepcionou bastante e prefiro não comentar muito sobre ele.

A história de Hancock, dá um enfoque diferente sobre os heróis que vem sendo tão representados no cinema. O protagonista é um herói bêbado e desastrado que causa inúmeros prejuízos aos cofres públicos, na tentativa de realizar salvamentos. A população de NY o odeia e ele passa por crises existenciais, principalmente por ser o único de sua espécie. Após salvar a vida de um RP(Relações Públicas) desempregado, o próprio, em dívida com o herói, decide salvar sua reputação e fazer dele um herói de respeito. Mas, quando nota uma estranha ligação com a esposa de seu amigo, Hancock começa a notar falhas em seus poderes.

Will Smith tem uma atuação muito boa como sempre. Tanto como herói grosso e mal-educado, como em meio a crises existenciais. Melhor que ele, só a bela Charlize Theron, que quando aparece na tela, sufoca a todos, numa bela amostra do Girl Power. O diretor Peter Berg usa efeitos de câmera a todo o instante em tomadas muito legais. O filme lembra bastante um videoclipe, devido ao número de cortes e vertigens que a câmera faz. Para constar: ele dirigiu a bomba Bem-vindo à Selva e mais recentemente, O Reino, o qual ainda não assisti(confesso), então não poderei comparar.

A verdade é que o filme começa bem, desenvolve bem e o final não surpreende. É ligeiramente engraçado, com muita dose de ação e aventura. Acredite, Smith abandonou as comédias a muito tempo, então não vá procurando um filme leve ou engraçado. Apesar da obviedade do roteiro é um bom blockbuster: o filme é recomendado para pessoas acompanhadas, pipoca e refrigerante. Aproveite o deslumbre visual.

Premonições - Devagar, quase parando...


Como muitas vezes tenho aula até mais tarde, fica a cargo de meu pai alugar dvds durante a semana. Assim, quarta-feira, deparei-me com PREMONIÇÕES, da sempre linda SANDRA BULLOCK. Li algumas críticas do filme há algum tempo atrás, e nunca tive interesse de assisti-lo.

A história é complicada, até a metade do filme. A protagonista recebe um estranho recado de voz do marido e recebe a notícia de que o mesmo havia morrido no dia anterior. Após preparar as coisas durante todo o dia, ela dorme e acorda com o marido vivo, ao seu lado. A partir daí, o título justifica-se: Ela "viaja" no tempo entre passado e futuro, e tem a chance de tentar salvar seu marido. Ou não.

Sandra Bullock é uma atriz que sempre foi vista como rosto de comédia. Isso ela tenta superar no filme, pois conseguiu bem em CRASH - NO LIMITE. Infelizmente, aqui ela funciona por apenas parte do filme. Depois, a vantagem são os pijamas e vestidos que salientam suas pernas(lindas por sinal) que ajudam a superar as quase duas horas de irritação que o filme causa.

Além dos clichês do gênero, o filme tenta apresentar uma fotografia inovadora ou diferenciada, mas que só aumenta a sensação irritante comentada anteriormente. Com a maioria dos planos fora de centro, repetidos exaustivamente, é algo que realmente perde o sentido depois de um tempo. Temos ainda elementos desconexos, como por exemplo os corvos, que só aumentam o tempo da projeção e não ajudam em nada na consturção da história. A resolução do filme é previsível e o final é tão sem sal, que você provavelmente vai esquecer o filme quando acordar no outro dia.

36º Festival de Cinema de Gramado - Coletiva de Imprensa


Aconteceu hoje, pela manhã, a coletiva de imprensa do dito Festival.
Minha primeira, aliás.

Cheia de jornalistas, dos quais não reconheci sequer um. Mas, os professores Marcos Santuário e Wagner me deram uma ajuda. A platéia composta de vários cineastas, todos interessados nos indicados e homenageados dessa edição do Festival.

Mais informações, acompanhe pelo Frequência Livre, de segunda à quinta, das 16h às 17h, no bloco Drops Cultural.