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Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Novo filme perde ritmo, mas amadurece


Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Nota: 8,5 / 10 EUA/Inglaterra, 2009 - 153 min
Aventura / Drama / Fantasia
Direção:
David Yates
Roteiro:
Steve Kloves
Elenco:
Daniel Radcliffe, Michael Gambon, Jim Broadbent, Rupert Grint, Emma Watson, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Tom Felton, Bonnie Wright, Jessie Cave


Antes de mais nada, vale a pena questionar: Harry Potter, nesse filme, está insensível. No livro, boa parte das quatrocentas e poucas páginas são para mostrar a escuridão que toma a mente do jovem bruxo, com a morte de seu padrinho Sirius Black, em a Ordem da Fênix. No filme, a única menção a morte dele é um piti de Potter em uma cena que só serviu mesmo para isso e para mostrar a relação entre Lupin e Tonks, que aparecem menos do que 5 minutos, nas 2:35 de projeção. Óbvio, que segue aqui uma insatisfação com os cortes feitos no livro e os enjambramentos com cenas que não existem, substituindo as tramas paralelas. Mas, pelo menos, tem Quadribol!!!

Na nova história, o mundo está descendo pelo ralo. Os ataques dos comensais da morte é à luz do dia e tanto o mundo bruxo como o mundo trouxa sente os efeitos da volta de Lord Voldemort. Enquanto ele planeja um ataque à Hogwarts, Harry, Rony e Hermione lidam com seus sentimentos cada vez mais a flor da pele e com um misterioso príncipe mestiço...

Visualmente, David Yates está mais seguro. Já tinha mostrado sua capacidade em A Ordem da Fênix, e reitera isso, agora com a segurança de uma bilheteria gorda em seu primeiro sucesso. Assim, Ele experimenta os mais diversos tipos de câmeras e luzes, usando ambas para enfatizar o ritmo frenético e as emoções de cada personagem, de forma acima do normal. A cena do ataque da Toca é sem dúvida uma das melhores cenas do filme. A caverna de Riddle consegue utilizar elementos parecidos com os de Senhor dos Anéis, mas ao mesmo tempo completamente originais.

Por essa imersão visual que o filme permite, fica fácil para aqueles que não leram o livro aceitarem tudo que lhes é oferecido. O roteiro é competente e distribui bem os momentos de terror e humor, mas nada que já não tenha sido utilizado nos outros filmes. A cena de Kate Bell com o colar é deveras apavorante, assim como as cenas dos apaixonados arranca risadas de todos no cinema. A melhor parte deste filme é a volta do Quadribol. Ao menos, meia partida. Com as inovações técnicas que agora são permitidas, o jogo fica verdadeiramente empolgante e com vibração por parte dos fãs.

Outro ponto positivo é o professor de poções Horace Slughotn, interpretado de forma genial por Jim Broadbent, ganhador do Oscar de melhor coadjuvante por Iris. O ator parece feito para o papel do professor canastrão que "coleciona" alunos. A melhor cena do filme, no entanto, fica a cargo de Daniel Radcliffe. Por alguns momentos ele deixa o papel entediante de Harry Potter e torna-se a melhor piada do filme em uma atuação bem superior a todas as caras insossas do personagem do título até agora.

Quem leu o livro sabe que ao final, o impacto da maior revelação do filme foi suavizada. Talvez para tentar explicar melhor o que acontece a seguir em Relíquias da Morte. E, pelo amor de Deus, que eles arranquem fora aquele epílogo maldito...

4 comentários:

Raquel Reckziegel disse...

Concordo. Sem epílogo, por favor! =/

Eu não gostei tanto assim do Slughorn. Fiquei meio chateada com a interpretação do Dumbledore, também. Para mim, o diretor do primeiro e do segundo filme é insubstituível. Embora Michael Gambon atue bem, acho que falta um pouco do calor nos olhos de Dumbledore, que a autora deixa muito claro no livro.

Mas o filme é bom! É Harry Potter. Como não seria? =DD

Misael Lima disse...

Eu sou fã do Jim Broadbent. Ele sempre escolhe bons papéis e é um bom ator. O Dumbledore é um caso a parte. Muita gente ainda prefere o Richard Harris, mas também, gosto do Michael Gambon. A diferença é que no Enigma, ele tá meio fraco, com uma cara de desanimado. Agora, é desesperadora a cena em que ele tá bebendo a poção em busca da horcruxe...

Raquel Reckziegel disse...

Bahh, muito horrível aquela cena... e no livro é pior ainda!

will disse...

Ainda não sei se gostei ou não do filme...
Faltou muita coisa importante, foram adicionadas muitas coisas que não existiam e não faziam falta, o enigma do príncipe foi completamente negligenciado e a cena final foi totalmente estragada...

Pefiro um milhão de vezes o Richard Harris, ele era O Dumbledore, ou talvez o Chris columbus tenha feito ele desse jeito, o que daí n é culpa do Michael Gambon, mas não obstante, ele n é o Dumbledore =T

Epílogo sim!!!!!