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Percy Jackson e o Ladrão de Raios - ou Rick Riordan o ladrão de clichês

Percy Jackson e o Ladrão de Raios - ou Rick Riordan o ladrão de clichês

Nota: 5 / 10

Percy Jackson & The Olympians: The Lightning Thief

EUA, 2010 - 119 min
Aventura / Fantasia
Direção:
Chris Columbus
Roteiro:
Craig Titley, Rick Riordan (livro)
Elenco:
Logan Lerman, Sean Bean, Kevin McKidd, Steve Coogan, Catherine Keener, Pierce Brosnan, Uma Thurman, Rosario Dawson, Brandon T. Jackson, Alexandra Daddario




Em Percy Jackson e o Ladrão de raios, livro, a primeira reação que podemos ter é a incrível semelhança com qualquer outra série infanto-juvenil já escrita. Está lá o garoto "escolhido" que viveu até a puberdade(humm...) sem conhecer sua verdadeira história. Passou dificuldades no colégio, criou rivais e tem parentes que o odeiam, sempre descritos por suas características físicas exageradas. Repete a ideia de trio de protagonistas(melhor amigo e garota) e até rouba elementos de outras séries. Mas, por mais incrível que pareça, ainda mantém focos de originalidade. É só na tentativa de encher linguiça que o autor se perde e comete gafes. O que Chris Columbus fez com sua adaptação do best-seller, foi remover toda e qualquer semelhança com outros livros conhecidos e manter a história em rédeas curtas e naquilo que ela é original. Ele bem que tentou...pena que não deu tão certo assim.

Logan Lerman é Percy Jackson, um garoto que é filho do deus Poseidon com uma mortal. Quando o raio de Zeus é roubado, ele é o acusado e deve partir em uma jornada para ser inocentado e salvar sua mãe.

Columbus é o diretor que conseguiu a maior bilheteria da série Harry Potter, dirigindo os dois primeiros filmes. É ele que tenta adaptar Percy Jackson para aqueles que estão saturados desse tipo de história. A narrativa não é ruim. O início do filme recupera um pouco do ritmo que demorar para acontecer no livro. Mas é só chegar no tal do acampamento meio-sangue que começam a aparecer o excesso de informação esquecido nos minutos iniciais. Entre momentos de bom cinema o filme acaba por chegar em soluções fáceis de um momento para o outro e estragar o final um pouco mais curioso que o livro conseguiu trazer.

Já as atuações tem um nível um pouco mais satisfatório. Lerman é um bom protagonista. Mas não tem 12 anos...pelo menos é engraçado e consegue ser mais carismático que muitos momentos de Daniel Radcliffe. Já quem rouba a cena são os coadjuvantes. Tem o Sean "Boromir" Bean,
Pierce "007" Brosnan e a sempre coadjuvante, Catherine Keener.

Os efeitos especiais dão conta das boas cenas de ação e também das desnecessárias. O clímax do filme acaba por nem ser o ponto alto. A luta final causa no máximo alguns bocejos. O grande problema do filme é ter mutilado demais a história do livro a ponto de a tornar irreconhecível. Apesar de ganhar em ritmo e provavelmente assim conquistar boa parte do público infantil, Percy Jackson pode ter sido simplificado demais talvez enterrando a chance de uma nova franquia.

Mas, se tiver outra chance, talvez Chris Columbus consiga tornar a história algo digno de um sucessor de Harry Potter.

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