NOTA: 9 / 10
The Social Network
EUA , 2010 - 120 minutos
Drama
Direção:
David Fincher
Roteiro:
Aaron Sorkin, Ben Mezrich (livro)
Elenco:
Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer, Rooney Mara, Max Minghella, Rashida Jones
A Rede Social acompanha a trajetória do criador do Facebook, desde a criação de sua primeira rede social, aos posteriores processos quando o mesmo havia tornado-se bilhonário.
O currículo de David Fincher foi provavelmente o que salvou A Rede Social do fracasso monumental e o colocou no patamar de favorito para o Oscar. Antes disso, o projeto despertou a falta de interesse em boa parte do público cinéfilo e muito mais dos sites e revistas especializados. O diretor foi crucial para essa mudança. Nos roteiros, chamou o colega Aaron Sorkin (de Curioso Caso de Benjamin Button) e a equipe que trabalhou no filme anterior, para pintar a projeção com uma fotografia deslumbrante. Cada momento do filme é realçado cmo as cores determinadas, tornando o processo de acompanhar os diálogos mais interessante e menos cansativo. Afinal, fazer de duas horas e meia de diálogo algo atrativo de ser assistido é tarefa difícil para qualquer um e nesse ponto, a direção de atores ganha força nas mãos do diretor.
Jesse Eisenberg torna-se mais do que apenas um Michael Cera genérico e impõe a personalidade alienada determinante para compreendermos o porque de Zuckerberg ter conseguido tantos inimigos em tão pouco tempo. Andrew Garfield, no papel do brasileiro e único amigo do protagonista Eduardo Savrin, consegue mostrar ao mesmo tempo a inocência e apatia que o levou a ser trapaceado para fora da empresa, enquanto Justin Timberlake provoca nojo como Sean Parker, quase tornado o "vilão da história". Destaque também para o excelente efeito que tornou o ator Armie Hammer os gêmeos Winklevoss, apenas substituindo o rosto no corpo de outro ator. Simplesmente incrível.
O roteiro também acerta ao não apontar o certo e o errado, mas ao mostrar a forma como Zuckerberg soube aproveitar todas as oportunidades em prol da sua criação e da forma como cada uma dessas decisões teve consequências que não puderam ser evitadas, mas o fizeram o mais novo bilhonário do mundo.
A pergunta que chega ao final da projeção é como uma pessoa, capaz de criar a maior ferramenta social de todos os tempos, não consegue sequer construir relações duradouras fora do mundo virtual. Seria um estranho desejo de querer se sentir odiado e colocar a culpa nas outras pessoas, mesmo quando essas pessoas realmente se importam como ele, ou talvez, algum ressentimento de outros relacionamentos que o tornaram alguém fechado longe da tela de um computador?
A resposta, é claro, depende de cada espectador. Mas uma coisa é certa: Zuckerberg sabe como ser um babaca com muito dinheiro.
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