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A Estrada para o Oscar 2013: Argo

 A Estrada para o Oscar 2013: Argo

9,5



Ben Affleck é um daqueles casos que durante anos permaneceu no lado errado das câmeras em Hollywood. Apesar de angariar boas críticas no filme que ajudou a escreve, em Gênio Indomável, e ser um dos atores fetiche do cult Kevin Smith, não teve a pretensão de escolher bons papéis em sua carreira como galã jovem. Sua parceria com o diretor Michael Bay e o fiasco de Demolidor - O Homem Sem Medo quase acabaram com sua credibilidade. Mas, em 2011, ele se redimiu com seu segundo filme, Atração Perigosa. Um thriller intenso que quase entrou na briga pelo Oscar e atraiu a atenção da indústria do cinema de volta ao ator, agora, um diretor promissor. Argo é a confirmação desse talento por anos reprimido e que entra como favorito nessa fase final da corrida pelo ouro.

No final dos anos 70, uma revolução no Irã faz com que a CIA tenha que criar uma missão de resgaste, disfarçada de produção de cinema, para resgatar seis diplomatas.

Seja na fidelidade aos detalhes, seja na metáfora do cinema como salvador do mundo, ou na profundidade dos personagens, o diretor caminha transita seguro por cada elemento e passa esse sentimento ao espectador. Affleck consegue arrancar atuações apavorantes, tanto da multidão enraivecida, quanto dos diplomatas amedontrados. O suspense que se instala nos primeiros minutos do filme e só acaba nos minutos finais é angustiante e estarrecedor, mas não opressivo, e isso se deve também às ótimas atuações do indicado ao Oscar Alan Arkin e John Goodman, como produtores de renome em Hollywood.

Parece que como diretor, Affleck também descobriu que é seu melhor diretor. Sua atuação não é caricata, é honesta. É como se durante todos esses últimos anos, outras pessoas restringissem sua capacidade que agora não depende mais de um terceiro.

Ben Affleck, no comando completo de seus projetos, é um proeminente nome a ser lembrado pelas futuras gerações do cinema.

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