Farenheit 451 - Imbecis sem cultura
Quando vejo o tanto que os livros são desprezados por amigos, colegas e família, sinto um ódio enorme dentro de mim. Nós temos acesso ao conhecimento, temos acesso cultura e simplesmente tornamos isso tão sem importância, justamente por essa liberdade. Não valorizamos o que está lícito ao nosso redor.
Em um futuro próximo, os bombeiros não apagam incêndios. Eles incendeiam. Livros. Em uma sociedade onde o único acesso à cultura se dá através de programas de tv imbecilizantes e jornais sem sequer uma palavra. Apenas desenhos. O governo proíbe o pensamento e droga a população, para manter a "ordem". Nesse contexto, um bombeiro, Montag, conhece uma garota misteriosa e acaba se envolvendo com renegados que cultuam os livros de tempos passados.
O filme é datado: o futuro para o ano de 66, tem monotrilhos, telefones de parede, e nenhum computador. Mas, o ideal por trás desse futuro é definitivamente assustador. Será? Nossa sociedade produz perólas da idiotice fanfarrônica dia-a-dia. Nossos meios de comunicação privilegiam as fofocas das "estrelas", menosprezam produções complexas e nos fazem engolir o que eles mesmos determinam.
Será que a verdadeira prisão é a proibição do acessoa à cultura? Os anos 70 são hoje considerados os mais criativos na música brasileira, nas produções da mídia, que esforçava-se por passar a mensagem dos ideais libertários de uma forma subliminar. A porcentagem de pessoas que procuravam e buscavam as obras proibidas, a liberdade de pensamento era igual ou até maior do que aquela que temos hoje.
Não vivemos nesse período um futuro pior do que o previsto por Truffaut, no filme? Onde a liberdade e o acesso a todo esse conhecimento, nos alienam ainda mais dele do que a proibição. Não vivemos numa nação de imbecis, que pior do que estar privados de cultura e conhecimento, desprezam-os???
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2 comentários:
sufocante, deprimente!!
mundo sem livros não existe
os livros são mundos
Concordo com a Juliane.
Cada vez que eu ouço uma pessoa, da minha idade, dizendo q n gosta de ler, dá dor no coração...
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