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Pachamama - Filho de Glauber Rocha, Eryk Rocha é

“Um viajante, com uma câmera na mão”. Assim Eryk Rocha definiu o documentário concorrente da quarta noite do Festival de Cinema de Gramado. Após a exibição do empolgante longa estrangeiro, Pero come Pero, do colombiano Carlos Moreno, a expectativa em relação ao filme do filho de Glauber Rocha era grande.



Oriundo de documentários, Eryk novamente experimenta em seu novo trabalho. Saindo sem qualquer roteiro, formulando a idéia a partir de encontros e desencontros, Pachamama é um documentário sensível que mostra a influência da cultura na política atual da América Latina. Saindo do Brasil, atravessando o Peru e terminando na Bolívia, o filme se mantém isento de qualquer opinião, buscando sempre confrontar os ideais e mostrar que a cultura é o combustível que incendeia as percepções.

Destaque para a incrível fotografia que o filme utiliza de forma ponderada, mas essencial para a direção da película. A essência do cinema, de utilizar uma imagem que fale mais do que as palavras, é algo que Eryk Rocha consegue de forma primorosa. Os filtros utilizados, a edição de som e imagem feitas pelo diretor a partir de 80 horas de gravação, é um feito único, digno do filho do cineasta Glauber Rocha.

A maior tristeza foi ver que o público não entendeu a proposta do cineasta. Em seu início silencioso e contemplativo, boa parte da platéia não captou a essência da história, motivados pelo choque de adrenalina do filme anterior. Mesmo assim, aqueles que ficaram vivenciaram uma obra completa e renderam os merecidos aplausos ao maestro desse passeio pela América Latina.

2 comentários:

Juliane Soska disse...

os 30 minutos finais valeram a espera
ele podia inverter a ordem.
pq o início, realmente, estava entediante.
melhor: podia cortar!

Juliane Soska disse...

os 30 minutos finais valeram a espera
ele podia inverter a ordem.
pq o início, realmente, estava entediante.
melhor: podia cortar!