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Mostra Famecos - 5 curtas dos alunos da PUC

Na tarde de sábado, depois de ter a péssima notícia de que não poderia assistir ao Golden Fighters, sobrou acompanhar uma mostra de curtas no SANTANDER CULTURAL, dos alunos da FAMECOS. O que apareceu naqueles poucos minutos de projeção foram novas e interessantes propostas para um cinema autoral. Apesar do medo de trabalho visual, em alguns casos, as narrativas eram em sua maioria com técnicas diversificadas e que exploravam bastante a paleta de sentimentos humanos.

Sem mais delongas, os filmes:

Ela, Eu - Maurício Côrrea: O curta que abriu a sessão era lento demais. Podia ser mais interessante: A história mostra um homem sem emprego e sem sentido na vida. A agonia e o tédio são sentimento presentes em sua vida. O único conforto é dormir e sonhar. Como não se empenha em fazer algo a mais, dificilmente consegue dormir. E aí, a perturbação da realidade cotidiana mostra-se cada vez mais insuportável. Pena que as soluções fracas não ajudaram e o filme passa apenas como um borrão de mau humor no passado.

Tudo bem - Gabriel Dinnebier e Francisco Milanez: O segundo curta quebrou o clima pesado do primeiro, em uma história de traição imprevisível. Em uma reunião de amigos, dois dos participantes traem seus cônjuges. Mas, as escolhas que seriam mais óbvias para o traído, não são aquelas que nós esperamos. Mais movimentado e divertido, o filme flerta com o perigo ao mostrar as diversas linhas narrativas que podia ter seguido. Se supera e vai bem. Boa fotografia e tomadas bem produzidas. Boa direção de elenco.

Anagrama - Fernanda Severo e Jaqueline Debastiane: Um homem preso num quarto com jornais. Um poema ou um jogo de palavras. Sem dúvida, o curta mais profundo dos outros. Montagem excelente e ótima fotografia. Difícil, mas com uma ótima produção. Lembra Pi, de Darren Aronofsky, mas, não é pra qualquer um. Som competente e um produto final inteligente.

Longe de Casa - Maria Clara Bastos: O curta mais singelo e mais completo da sessão. Não é chato, é poético e muito bem estilizado. Um homem e uma garota em um quarto de hotel, conversando sobre suas vidas. A trilha sonora completa bem o filme, não força qualquer sentimento. Os atores foram muito bem escolhidos e os diálogos muito bem escritos. Um achado.

Farrapos com Ramiro - Fernanda Severo e Gabriel F. Cunha: O mais subestimado dos curtas, mas o mais divertido e ácido. Despojado, mostra dois jovens sem pretensão alguma jogando fora uma tarde e debatendo a cultura pop dos anos 90. Não adianta, se você não foi criança ou adolescente nessa época, vai boiar. Nessa proposta vintage, o filme foi taxado de universitário demais quando, pelo contrário, é o menos universitário dos 5. Boas tiradas com a geração youtube.

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