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A Saga Crepúsculo: Lua Nova - O filme melhora, mas nem por isso é bom..

A Saga Crepúsculo: Lua Nova - O filme melhora, mas nem por isso é bom...

Nota 4,5 / 10

The Twilight Saga: New Moon

EUA, 2009 - 130 min
Romance / Fantasia
Direção:
Chris Weitz
Roteiro:
Melissa Rosenberg
Elenco:
Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Dakota Fanning, Michael Sheen

O sucesso de público de Crepúsculo não poupou o filme do massacre da crítica. Mesmo assim, criou uma legião de fãs da história de Bella e Edward, preparou a franquia e por fim, iniciou uma campanha maciça para Lua Nova. Bateu recorde atrás de recorde: filme mais assistido na pré-estreia da meia noite, maior número de ingressos vendidos em pré-venda e superou Cavaleiro das Trevas na sexta-feira de estreia. $ 72 milhões de dólares contra os $64 de Batman. No fim-de-semana, conseguiu ótimos 140 milhões de dólares só nos EUA e 258 milhões mundialmente. A terceira maior abertura de todos os tempos é compreensível, mas nem por isso faz de Lua Nova, algo muito melhor do que seu antecessor.

Após uma festa de aniversário com um acidente envolvendo sangue, Edward decide se afastar de bela poder protegê-la. A moça, arrasada encontra conforto nos braços de seu amigo Jacob, que aparenta animosidade contra os Cullen. Viciada em adrenalina a garota provocará problemas em seu mundo e no mundo dos vampiros.

É triste admitir, mas a saída da irreconhecível diretora do primeiro filme, Catherine Hardwicke, fez bem a série. Chris Weitz, de A bússola de ouro, sabe aquilo que as fãs gostam e com 50 milhões na mão, não se fez de rogado. Foi competente quando não se prendeu a flashbacks desnecessários e se aplicou na narrativa, com momentos de verdadeira iluminação(diga-se a inteligente passagem de tempo no quarto de Bella e as brigas de lobos com vampiros). No entanto, ficam por aqui os méritos do diretor.

Diálogos longos, cenas que vão e voltam interminavelmente, além de coincidências inexplicáveis derrubam o maior dos empolgados com a história. O foco não é o amor de Bella, Edward Cullen e sim seu amigo, Jacob. O ex-shark boy se esmera mas não consegue o coração da moça. Mas, continua e continua e continua tentando, incapaz de entender quando um chute na bunda foi dado. E para desespero dos desavisados que levam as namoradas, essas cenas são dignas de sono, apesar dos suspiros da sala lotada.

Ao menos essa parece ser o grande mote do filme. A escritora Stephenie Meyer cria uma obra onde um amor irrascível e anti-natural parece fazer sentido. Apesar de impossível e mesmo longe da verdade, é o que precisa para despertar a garota adormecida dentro de mulheres de todas as idades. Mas, Meyer acaba por acabar com sua própria criação. Em seu mundo imaginário, os excluídos são pessoas lindas e ricas enquanto os "normais" são feios e de classe média. No fundo, no fundo, é apenas mais uma visão elitista dos relacionamentos que novamente, privilegiam a beleza ante qualquer outra coisa.

E essa crítica está profunda demais, para um filme que deve ser contra-indicado a diabéticos, tamanha a melação que proporciona.

Ps: Dakota Fanning aparece por no máximo, 2 minutos.

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