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O Lorax - Animação baseada em Dr. Seuss aposta com tudo no público infantil

O Lorax
Nota: 7/10

Dr. Seuss é um daqueles autores que faz parte da literatura norte-americana de uma forma tão forte que suas adaptações para o cinema são apenas uma questão de tempo. De tempos em tempos, pipoca mais uma produção baseada em seus livros infantis com tremendo sucesso no Estados Unidos, mas sem a mesma força no resto do mundo. O Lorax não é exceção e consegue manter a linha entre diversão e aprendizado de forma divertida e surpreendentemente bem estruturada. Apesar de insistir no cuidado com meio ambiente e sustentabilidade, dois assuntos interligados que estão mais do que batidos em todas as mídias, o filme consegue boas piadas e números musicais ao melhor estilo Disney, apesar de passar bem longe dos estúdios de Mickey Mouse.

O Lorax mostra a história de Ted, um garoto que decide encontrar a última árvore do planeta para conquistar uma garota. Ele conhece o Once-ler, o homem que em sua ganância acabou com as florestas apesar dos avisos do Lorax, uma criatura que protege as árvores.

A Illumination Entertainment estreou com um sucesso inesperado na animação Meu Malvado Favorito. Longe de procurar os público adolescente e jovem, já disputados acirradamente por Pixar e Dreamworks, a empresa aposta no público infantil sem medo de ser feliz. Tanto o Lorax quanto Meu Malvado tem temáticas primárias, protagonistas caricatos e piadas visuais em abundância. Longe de explorar relacionamentos problemáticos ou lidar com questões problemáticas do crescimento e da vida, seus filmes são de simples linguagem, conflito e finais felizes que, querendo ou não, agradam a criançada e não deixam de encantar o público mais velho.

A fluidez da animação que aposta no cartoon sem medo e as cores vibrantes vindas do universo de Seuss, fazem de Lorax uma aventura original, realçada por uma boa dublagem de um elenco inspirado. Mas o que realmente me conquistou em todo o filme foi a canção "How Bad Can I Be?".



Rápida, com boa levada, a música brilhantemente interpretada por Ed Helms transforma o protagonista de um personagem digno de pena há um completo idiota em pouco mais de dois minutos. No rápido clipe, noções de escala cor e inclusive expressionismo alemão reúnem o que de melhor o filme constrói em linguagem visual.

Apesar de tudo, O Lorax acaba por se apoderar de saídas fáceis e clichês característicos de filmes infantis o que ofusca um pouco de seu brilho único e de suas ousadas tentativas de fugir do lugar comum.

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