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3 em 1: Madagascar 2, Vicky Cristina Barcelona e Quase Irmãos


Sábado foi um dia prodigioso. Maratona de cinema, começando pela pré-estréia de Madagascar 2, passando por Woody Allen e sua Vicky Cristina, encerrando em grande estilo com o humor non-sense de Will Ferrell e John C. Reilly. Capacidade debilitada, dois dias pra deglutir, e cá estamos para a malhação de Judas de Segunda-feira.

Começo por:

Madagascar 2 - Eis que uma das primeiras animações da Dreamworks pós-Shrek, tornou-se rapidamente uma febre mundial, com a música I Like to move it, move it. Os divertidos animais do zoo de NY abraçaram a idéia quase esquecida da animação infantil e deram-se muito bem. Mas, não há como negar, Madagascar era um pé no saco. Depois de um começo muito engraçado, o filme perdia a força quando encarava a selva, lêmures, etc. Mesmo assim, tinha seus pontos altos. A grande arrecadação, gerou uma óbvia franquia.

E assistimos, Madagascar 2. O filme começa onde seu predecessor encerrou, quando os animais preparavam-se para voltar a NY, em um avião improvisado pela trupe de pinguins malucos(sem dúvida, as melhores tiradas do filme). Como era óbvio, o avião estraga e cai diretamente no coração da África. Lá, o leão Alex reencontra sua família perdida e os outros personagens(Marty, a zebra; Glória, a Hipopótamo e Melman, a girafa) acham um grupo ao qual fazer parte. Claro, que nesse meio tempo, a amizade de todos será colocada a prova.

Essa é a grande diferença para os filmes da Pixar. Aqui, o filme é previsível, abusa dos clichês de desenhos há décadas, traz uma mensagem positiva e vai embora. Mesmo com um olhar totalmente descompromissado, o filme tem pontos altos, mas navega muito nas piadas fáceis e grosseiras, que as crianças podem gostar, mas irrita um pouco quem procura algo mais no filme. Parece que o filme está ancorado no "I like to move it, move it", quando a música toca apenas nos créditos.

Até hoje, não consigo simpatizar com o rei lêmure. Aquele bicho é feio demais e antipático. Os "protagonistas" caminham tranquilos em suas histórias paralelas, mas são tantos personagens, que o filme parece muitas vezes perder o foco. Por isso mesmo, os pinguins(e seus novos amigos chimpanzés) são tão engraçados. Eles mandam às favas a história e trazem o melhor do non-sense. Esse é o ponto positivo que levanta o moral do filme.

Por isso, é felicidade das crianças assistir Madagascar 2. Além de todos os pontos citados, ele traz uma profunda preocupação com aquilo que elas levam do cinema. Questões como individualidade em uma cultura massificada, onde todos pensam, agem e são iguais, são mostradas de forma engraçada tanto do ponto de vista daquele que quer ser diferente ou daquele que sofre por isso.

Mas, o que vale mesmo são os pinguins e suas armações! Tudo feito a muito suor, cuspe e areia!

No próximo post: Vicky Cristina Barcelona.

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