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Horton e o mundo dos Quem - Diversão para você, seu pai, sua mãe, sua irmãzinha...


O mercado de animação 3D é rico em produções que variam muito o grau de perspicácia necessário para seu espectador. Filmes como Shrek, Os Incríveis e Rattattoiule tem um apelo muito mais adulto, do que propriamente infantil. Apesar das piadas normais e o humor físico para as crianças, são nas tiradas subentendidas e de duplo sentido, que esses filmes fazem sucesso. Longe dos modelos consagrados pela Disney, o humor corrosivo e inteligente é característica fundamental de empresas como Pixar e DreamWorks. Horton surpreende por não se preocupar com essas características, mas ser um filme puro, assim como seu personagem principal. E mesmo assim, ser inteligente.

Baseado no conto de Dr. Seuss(criador do Grinch, daí a história dos Quem), a história mostra um elefante extremamente inocente e bondoso, que descobre uma cidade em um grão de areia. Para ajudá-los, decide transportar a flor onde o grão está, até um girassol, em um monte, protegido do ataque de outras criaturas e da ação do clima. 

Pontuado pela frase "uma vida é uma vida, não importa seu tamanho", Horton parte numa busca cheia de armadilhas e inimigos que não acreditam na sanidade do elefante. As situações surgem espontaneamente, sem forçar a barra do espectador. Tanto no mundo dos Quem, onde o prefeito tenta convencer que existe uma força maior cuidando deles, como no mundo de Horton, tentando provar que existem mundos menores do que o seu.

A parte técnica do filme é maravilhosa. A narrativa linear é pontuada por outros tipos de animação, fora o 3D, homenageando mesmo os mangás. Os movimentos dos personagens fluem naturalmente e não há defeitos a serem ressaltados. 

A maior polêmica do filme está no fato de defensores do aborto, acreditarem que o filme passa uma mensagem contra a prática,  visto a frase chave do filme. Mesmo assim, como a história foi baseada na obra de Seuss, é difícil provar alguma coisa, tendo em vista que o aborto nem chegava a ser uma prática em sua época. 

Sem piadas de flatulência, mas com um bom humor físico, o filme agrada e é divertido. Destaque para as cenas com Vlad, o malvado e Vlad, o coelhinho que faz biscoitos. Outro ponto positivo e que incentiva quem gosta do áudio original, são as dublagens de Jim Carrey, como o elefante do título e Steve Carrell(O virgem de 40 anos) como o prefeito de Quem-Lândia. Uma ótima pedida para o dia da criança.

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