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Vicky Cristina Barcelona - Um passeio pela cidade luz espanhola


Scarllet Johanson é linda. Penélope Cruz, o mesmo. Ambas em um mesmo filme é o sonho de qualquer homem em sã consciência. E Woody Allen juntou elas em seu mais recente filme, para discutir globalização, sonho americano e repressão sexual e sentimental.

Tudo começa quando Vicky e Cristina decidem passar alguns meses na Espanha. Vicky vai estudar catalão e na volta, se casar com um empresário de sucesso. Tudo milimetricamente planejado. Já Cristina é o extremo oposto: desapaixonada, tenta solucionar o mistério daquilo que realmente quer. Não se decide profissional e muito menos amorasamente. Lá, conhecem um pintor problemático(o oscarizado Javier Bardem) que convida-as para um tour pelo interior do país, que mudará completamente o destino da história.

Woody Allen parece ter largado de vez NY. Seus últimos filmes têm sido rodados mais na Europa do que nos EUA, principalmente pela falta de verba do diretor. Em Vicky Cristina, o elemento central da história não é nenhum dos três personagens, mas as paisagens quase místicas e sedutoras do território espanhol. O diretor não perde tempo com passagens desnecessárias em sua obra. O que não tem valor para a história, é simplesmente contado pelo narrador em off, o que barateia os custos e ainda prioriza mais as atuações e os triângulos amorosos que se controem e se desfazem em questão de frames.

O trio protagonista é equilibrado e perfeitamente desconfigurado à medida que o filme avança. Vicky perde seu sentido de vida após uma noite com o pintor. Suas certezas afundam. Todos seus sonhos mostram-se tão frágeis quando um simples e imprevisível vento derruba seu castelo de cartas. Essa é a característica mais ressaltada do filme: a imprevisibilidade deixa a película apreensível a cada instante. Nos sentimos tão indefesos quanto os personagens.

Cristina, por sua vez, vê em Juan Antonio, o elemento que parece completar sua existência. E é isso que ele e a ex-mulher Maria Helena vêem em Cristina. O difícil relacionamento dos dois, parece resolver seu problemas com a presença da personagem, que descobre uma vocação e deixa sua vida equilibrada. Mas, será que ela busca esse equilíbrio?

A insatisfação gerada pelos desfechos, parece tornar o filme a seu ponto inicial. E faz refletir se nossos desejos humanos podem de alguma forma ser saciados ou se somos apenas escravos deles. Em um mundo cada vez mais cheio de certezas, nossas incertezas pessoais parecem tornar-se maiores e inigualáveis. Qual a saída que temos? Nos alienar?

2 comentários:

Vicki disse...

Pensei que a capital da Espanha fosse Madri ;]

Quero muito ver esse filme. Me disseram que depois de assistir ao filme nao tem como nao querer ir pra Barcelona......

Misael Lima disse...

Pra aprender a nunca mais copiar resumos de outros sites...