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Eu os declaro marido e Larry - Ótimo uso para a palavra defenestração...


Cruzeiro das loucas parecia ter atingido um nível intocável de baixaria em um filme sobre homossexuais. A partir daquela experiência que acabou com a carreira de Cuba Gooding Jr., devíamos esperar que nenhum outro ator arriscasse uma empreitada tão delicada(sem duplo sentido) como essa. Perdão, havíamos esquecido Adam Sandler...

Além de escritor e produtor da maioria de seus filmes, Sandler sabe como fazer dinheiro. Como astro da comédia, sabe fazer dinheiro como poucos. Seus filmes normalmente envolvem piadas de gosto duvidoso, com flatulência, aspectos bizarros, etc. Mas, apesar de todo o lado negativo, ainda apresentam aspectos de qualidade, diferente da obra esquecível de Gooding Jr., ou dos recentes filmes de Eddie Murphy. Eu os declaro Marido e Larry não é diferente.

Na história, um bombeiro(Sandler) aceita casar com seu melhor amigo(Kevin James) para que seus filhos sejam beneficiários do seguro de vida.

O começo do filme pode sugerir uma abordagem mais inteligente do que seu infeliz antecessor. Pura bobagem. O filme traz novamente piadas sobre filmes gays, artigos homossexuais, frescuras, caricaturazições, músicas, um dos protagonistas que apaixona-se por uma amiga, ambos desenvolvendo consciência e aprendendo a aceitar as pessoas como elas são... tudo isso para ao final da película negar mesmo um beijo entre os protagonistas. Ou seja, o filme é mais homofóbico do que uma obra que tem esse fim. 

Como exemplo, peguemos Ricky Bobby, de Will Ferrell. O protagonista coloca-se contra seu antagonista homossexual durante toda a película, xingando e ridicularizando seu costume. Ao final do filme, ambos beijam-se. Ele prova assim, o quão idiota era seu preconceito durante toda a sessão. Já Sandler e James parecem encerrar o filme e seguir fazendo piadas discriminatórias.

O que podemos dizer à favor do filme é que pelo menos ele consegue ser muito superior ao filme de Cuba. A química entre Sandler e James é ótima e os convidados de sempre dos filmes do ator estão lá, impagáveis como sempre. Destaque para Rob Schneider, ótimo como padre chinês.

Mesmo assim, o filme só vale a pena como sessão de tela quente. Ou para jogar pela janela.

5 comentários:

Raquel Reckziegel disse...

Pena que uma idéia legal tenha que "terminar" assim, tão cheia de preconceito!

Misael disse...

preconceito disfarçado de conscientização.

Mateus Trindade disse...

Bah muito ruim esse filme, olhei e me arrependi.

will disse...

Adorei o título do texto!!!!!

O Kevin James é um milhão de vezes mais engraçado que o Adam Sandler!!!

Tem um filme francês que tem mais ou menos a mesma premissa, mas, sendo francês, não é de tão mau gosto. O closet.É bem engraçadinho, e tem o Gerard Depardieu!!!

aushduahsuahduw

=****

Juliane Soska disse...

assisti esse filme de novo ontem, 28/09

e gostei
de novo