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Piaf - Um hino ao amor


Cinebiografia de cantores têm sempre um lado emotivo muito forte. Não é exceção o filme Piaf, mas nem de longe isso é um demérito. Como a interpretação e as músicas que Edith Piaf apresentava, o filme é sensível, forte e trágico, como toda boa história real.

Edith Piaf é considerada a melhor intéprete da canção francesa do século passado. Uma voz poderosa e uma interpretação vívida das músicas, fizeram-na superar uma infância criada em bordéis e circos, e uma juventude onde cantava para poder pagar um almoço. Uma vida cheia de tragédias, onde a cantora sempre encontrava paz, nos palcos, cantando.

Primazia técnica do diretor Olivier Dahan, que privilegia planos-sequências surreais pelo apartamento da Edith de 1947. A cena é quase um resumo daquilo que o filme se propõe: uma visita às memórias da cantora em seu último dia de vida. A narrativa não-linear que joga com a Edith do passado e futuro, serve para revelar lentamente características da personagem. Enquanto abre portas de quartos, desesperada, encontra na última, alívio em um palco de um teatro lotado. Lá, despeja todo seu encanto, beleza e tristeza. Sabe como ninguém, conquistar a platéia.

Nada disso seria possível sem a presença forte e pulsante de Marion Cotillard. A atriz está irreconhecível no papel principal. Surpreedi-me ao ver as fotos da atriz sem a pesada maquiagem de Edith: linda, ela consegue tornar-se feia. Mas, nessa feiúra, sua interpretação a faz tão bela que nossa visão parece nos enganar. Atuação surpreendente, digníssima de um Oscar. 

Piaf é como toda cinebiografia. Ancora-se no drama, então vícios e desgraças são comuns, e provavelmente, tornar-se-ão a desgraça do protagonista. Assim como em Pollock, a bebida destrói mais uma artista genial que embelezava um mundo cada vez mais negro e amusical.

Um comentário:

Raquel Reckziegel disse...

Adoro musicais.
Me dão arrepios. Esse parece ser encantador. =D