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The Spirit: O filme - A cidade dele grita. E nós também.


Foi a primeira vez neste ano que um filme me irritou tanto a ponto de quase abandonar a sessão antes da metade da projeção. Na verdade, a sensação começou nos primeiros frames. A estética exageradamente caricaturada que o "novato" Frank Miller tentou imprimir, acabou mostrando-se um tiro pela culatra. É feia e sem graça, beirando quase a bizarrice. Mas, esse é só o começo da análise. Vamos por partes.

A quem possa interessar, o filme mostra a história de Spirit, um ex-policial que ressucitou após ter sido baleado e vaga por Central City, enfrentando seu arqui-rival Octopus.

Acontece que, ao que me pareceu(e nas entrevistas isso ficou bem claro) Frank Miller passou a se achar aquilo que não é. Depois de co-assinar Sin City com Rodriguez, deu-se ao luxo de criticar George Lucas pela nova trilogia de Star Wars e mesmo menosprezar o trabalho de seu companheiro de primeiro filme. E nessas lufas, se trancou na ratoeira do seu próprio ego: ou o filme ficava ótimo, ou ficava uma droga. Ficou uma droga.

Além de um roteiro pra lá de capenga, personagens enfadonhos, femme-fatales que de sensuais apresentam muito pouco(não consigo ver uma boa interpretação em Eva Mendes. Nunca.), e o visual "incrivelmente inovador", tornou-se apenas uma cópia mal-elaborada do filme anterior. Se você ainda pensar "Ah, mas tem Samuel L. Jackson". Bom, ele é a pedrada final de que Frank Miller não consegue controlar os atores e falha como diretor.

Posso parecer rude e até insensível com a obra do diretor, mas uma decepção nunca cai bem. Piadas de mal-gosto, soluções clichês, e se eu continuar falando, fico a noite inteira xingando a pessoa que teve a péssima idéia de convencer Miller a entrar nessa furada.

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