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Monstros Vs Alienígenas - Novo filme da DreamWorks segue o lema da empresa: Habilidade sem cérebro


No ano passado, quando falei sobre Kung Fu Panda, comentei sobre a sina da DreamWorks: impossibilitada de ser uma Pixar, a empresa se contenta em divertir os pequenos e produzir obras menores. Conquista grande parte do público médio e boas bilheterias. E está contente com isso. A Pixar, sempre primando pela perfeição, faz verdadeiras obras de arte e ganha inúmeros prêmios, mas acaba perdendo no gosto do público, com bilheterias abaixo da concorrente. As premiações do ano passado mostraram essa grande diferença: A Disney/Pixar entrava com duas produções, enquanto Kung Fu Panda era a única produção que fazia frente. Isso porque o filme era o maior achado da empresa desde o primeiro Shrek. M Vs A não tem essa simpatia.

Homenagem aos filmes de ficção científica da década de 50, ele mostra uma equipe de monstros, formada por: Insectossauro, larva modificada por energia nuclear; Elo Perdido, criatura meio homem, meio peixe; Dr. Barata, gênio cientista; Susan Murphy, uma menina gigante e Bob, uma meleca indestrutível(a melhor parte do filme). Juntos, eles devem enfrentar uma ameaça alienígena que vai destruir a Terra.

O plot da história(a idéia inicial) é muito boa. Mas, você mata o resto do filme nos primeiros cinco minutos. Assim, só resta se embasbacar com as fenomenais cenas de ação e procurar as mais variadas referências(que vão de Star Trek até Al Gore). As piadas fracas, o roteiro óbvio e a personagem principal sem graça não ajudam o filme, que perde-se antes da metade.

O problema todo é a sensação de que se essa fosse uma idéia da Pixar, os rumos seriam totalmente diferentes. Você enxerga os momentos decisivos da história, que poderiam seguir um caminho totalmente diferente e tornar a história bem mais interessante. E cada momento que isso não acontece, uma dor corrói por dentro.

Apesar disso tudo, o visual ótimo compensa com certeza uma ida ao cinema. Mas, garanta que a sala onde você vai assistir apresenta a tecnologia dos óclinhos 3D. Senão, vá assistir outra coisa.

Um comentário:

Ariela Dedigo disse...

Adicionemos à série de deméritos do filme o fato de ter só cópias dubladas da animação por aqui. Ok, alguns vão defender que é melhor para as crincinhas - que meigo. Danem-se as criancinhas! Eu queria ter o prazer de ouvir a voz de Hugh Laurie - o Dr. House - no Dr. Barata... :oP