
Chegou a hora. Depois de completar a filmografia em DVD é hora de criar coragem e falar do grupo que é com certeza o mais influente da comédia mundial e da minha vida (sem exageros), o Monty Python.
Foi lançado neste mês de junho, o último lançamento em comemoração aos 40 anos da trupe inglesa, Not The Messiah, o musical sobre o longa-metragem A Vida de Brian. Criado por Eric Idle, o músico do grupo, ele transporta para os palcos do Royal Albert Hall toda irreverência dos Pythons, mas antes, vamos analisar todo o trabalho do grupo, temporada por temporada até ele.
Afinal, Anything goes in, anything goes out!
Monty Python's Flying Circus: a 1ª Temporada Completa (1969)
Nota: 10/10
"It's...", diz um mendigo esfarrapado para a câmera antes da entrada de uma animação com pitadas de surrealismo e doideira. De forma violenta e bem-humorada, entrava nas televis


Monty Python's Flying Circus: a 2ª Temporada Completa (1970)
Nota: 9,5 /10
Quem esperava o velho mendigo com seu "It's", tem uma surpresa com John Cleese sentado em uma mesa, com um terno impecável e disparando aquela que seria a frase mais marcante dos Python's: And now, for something completely different...Assim começa a segunda temporada, que mantém um tom ainda mais subversivo, apoiado pela massa inglesa que já amava a série. Entre os pontos altos dessa temporada, destaque para Ministry of Silly Walk com John Cleese em plena forma, realizando um de seus passos mais famosos, que inspiraram as passeatas Silly Walk pelo mundo. Vale lembrar a você que nobody expects "The Spanish Inquisition"! Ou quem não lembra da ótima aparição dos Gumbys? A paródia de seriados de espionagem em "The Bishop" e dos programas de TV de prêmios em "Blackmail". É nessa temporada que "SPAM" inspira anos depois a adaptação do nome para emails indesejáveis. Apesar de muitos quadros marcantes, a segunda temporada parece perder o foco em alguns momentos. Por mais que me joguem no fogo depois dessa declaração, alguns momentos são entediantes. Mas, pra variar, o resultado final sempre nos faz lembrar os melhor

Monty Python's Flying Circus: a 3ª Temporada Completa (1972)
Nota: 9,5 / 10
Essa é a menos conhecida temporada do grupo. John Cleese já queria ter encerrado o grupo na segunda temporada e após o primeiro longa-metragem, And Now For Something Completely Different (uma repaginação de quadros das primeiras temporadas), não pretendia continuar. Os conflitos do grupo aumentam, principalmente na rivalidade entre Cleese e Terry Jones, que divergem demais sobre o estilo de humor a ser utilizado. Apesar disso, a 3ª temporada tem quadros marcantes, mas não tão familiarizados para os fãs. Entre elas, a "Fish-Slapping Dance", "Argument Clinic", "Gumby Brain Specialist", "Cheese Shop", "Dennis Moore". Ótimos momentos, o ápice da equipe.
Monty Python's Flying Circus: a 4ª Temporada Completa (1973)
Nota: 9 / 10
Sem John Cleese que abandonou o grupo por pensar que estavam se repetindo demais, resta aos Pythons restantes protagonizar Seis episódios para uma quarta temporada da série. A mais enlouquecida de todas as temporadas, os Pythons parecem perder um pouco da classe sem a presença poderosa de Cleese. Restam bons momentos, mas nem tantos assim. Destaque para "Different endings", a
Fawcett (clearing his throat and going into an extraordinary tuneless and very loud song)
Anything goes in.
Anything goes out!
Fish, bananas, old pyjamas,
Mutton! Beef! and Trout!
Anything goes in...
Longa-metragens: Monty Python e o Cálice Sagrado (Monty Python and the Holy Grail) (1975)
Nota: 10 / 10
Dirigido por Terry Gilliam e Terry Jones que (surpresa!) brigaram durante a produção do filme, O Cálice Sagrado foi cercado de problemas e falta de orçamento, para ser considerado hoje por muitos, o melhor filme de comédia de todos os tempos. Também, pudera, depois de encerrar a série, os Pythons pareciam afiados, avacalhando com a mitologia inglesa como podiam. A lenda do Rei Artur é destroçada nos primeiros frames do filme quando o rei aparece com seu escudeiro, mas sem cavalo. Por conta do orçamento do filme, eles tem que bater cocos para simular o trote do cavalo...esse simples arremedo constitui uma das melhores gags do cinema e por 1h30, a trupe nos brinda com quadros inesquecíveis. As atuações estão

A Vida de Brian (Life of Brian) (1979)
Nota: 10 / 10
O segundo filme do grupo é ainda mais polêmico do que o primeiro. Tudo porque em uma entrevista logo após a estreia do primeiro filme eles afirmaram preparar uma história sobre a vida de ninguém menos que Jesus. Para não pegar tão pesado, criaram Brian, um erro desde o início de sua vida, onde é confundido com o messias, em Jerusalém. A história não tem nada a ver com Jesus Cristo, mas é uma crítica feroz à religião que cria um povo acéfalo e cego para outras verdades. Critica também as escaramuças políticas entre partidos para ao final, dizer

Monty Python ao vivo no Hollywood Bowl (Monty Python Live at the Hollywood Bowl) (1982)
Nota 9,5 / 10
Monty Python é uma febre mundial. Suas apresentações ao vivo lotam estádios e a consagração é no Hollywood Bowl, one em pouco mais de 1h20 o grupo reapresenta quadros clássicos com pequenas modificações e principalmente quadros especialmente desenvolvidos para apresentações ao vivo. Mais do que isso, dá mais espaço para os Pythons reservas, Carol Cleveland e o músico Neil Innes, em momentos musicais como a música, How Sweet, to be an idiot. Excelente espetáculo, um dos melhores DVDs do grupo. Mas, a curta duração e a inexistência de extras derrubam a nota em meio ponto.

Monty Python e o Sentido da Vida (Monty Python's Meaning Of Life) (1984)
Nota 10 / 10
Última associação do grupo, o filme fecha grandiosamente a história de Monty Python. No estilo de esquetes, a trupe tenta entender qual afinal é o sentido da vida desde o milagre do nascimento. TODAS as esquetes são memoráveis, desde o parto, a canção Every Sperm is Sacred, aplaudida de pé em Cannes, o debate protestante em plano-sequência, a escola, educação sexual, igreja, exército, até o fim da vida, em um momento marcante do encontro com a morte, por conta de um musse de salmão estragado. Ao final, lady Palin conclui que o sentido da vida é ser feliz comer vegetais e fazer exercícios, afinal, quem se importa quando pode-se ter nudez gratuita???
Demais obras:
Monty Python - Almost the truth (The Lawyers Cut) (2009)
Nota 9 / 10

Documentário em homenagem aos 40 anos do grupo, The Lawyers Cut vai fundo na história do Monty Python, investigando o cenário político da época e entrevistando os membros vivos e gravações de Graham Chapman. É interessante especialmente para fãs. Mostra as característica de cada um dos componentes, sua preferências em termos de comédia, seus conflitos, suas lembranças. Pena que o documentário não explore o presente ou as relações entre o grupo, tocando apenas superficialmente nesses assuntos.
Not The Messiah - Ao vivo em Londres (2009)
Nota 8,5 / 10
Ópera baseado na Vida de Brian, adaptada por Eric Idle para os 40 anos do grupo, é sem dúvida o material definitivo para fãs. Quem não conhece o grupo deve evitar assistir este dvd antes de entender Monty Python. Apesar de alguns números musicais sensacionais, partic

Poucas linhas para exprimir o quanto amo a história de Monty Python, mas posso dizer ao final, Missão Cumprida!
6 comentários:
Puxa, acredita que nunca assisti? Nem os filmes...
Li em alguns lugares, que muitíssimos comediantes, até brasileiros, foram influenciados por Monty Python. Agora fiquei curiosa pra ver, hehehehehe.
Bjos e td de bom!
Vale a Pena, Monty Python é o que
a comédia já produziu de melhor no mundo.
Se começar por algum desses, vá pelo Cálice Sagrado.
Muito bom, mas faltou o "E Agora Para Algo Completamente Diferente", que vem antes do Cálice Sagrado.
Não coloquei este por não estar disponível no Brasil. Mas se for relançado em DVD, adiciono ao post!
Post muito bom, Parabéns.
Concordo com cada palavra sua, com certeza Monty Phyton maior grupo de comédia de todos os tempos.
Novamente, Parabéns.
Cara!
excelente trabalho!
adorei muito
Parabéns
Curto muito Monty python
Eles são os reis da comédia
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