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Toy Story 3 - Tienes un amigo en mi!

Toy Story 3 - Tienes un amigo en mi!

Nota: 10 / 10

Toy Story 3
EUA, 2010 - 103 min.
Animação/Aventura

Direção:
Lee Unkrich

Roteiro:
Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich

Elenco:
Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Michael Keaton

Curta antes do filme: Day e Night

Uma mistura de animação 2D e 3D, Dia e Noite é um curta de técnica experimental que remonta à década de 50 na construção de seus personagens e em seu estilo. Tem uma mensagem forte sobre aceitar aqueles que são diferentes de nós, porque afinal, ninguém é melhor do que ninguém.

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Foi mais ou menos na época em que Os Incríveis saiu em VHS para locação. Aluguei o filme sentei no sofá e duas horas depois, estava chocado. Tudo, absolutamente tudo no filme parecia ter explodido minha mente. A história original, o visual absurdamente lindo, os efeitos sonoros realistas e, principalmente, a sinceridade e humanidade dos personagens que não pareciam projeções de computador, mas pessoas de carne e osso. Naquele momento tomei a decisão de assistir os próximos filmes da Pixar no cinema. Excetuando Carros, segui a risca essa promessa que inclui os novos filmes dos estúdios Disney como A Princesa e o Sapo e Bolt. Veio o ótimo Ratattouille, seguido de Wall-E e Up. Não há como falar sobre esses filmes sem rasgar a seda. Todos, filmes que revolucionaram o modo de ver a animação moderna e colocaram a Pixar em um patamar que poucas animações do mundo podem alcançar. Ainda assim, apesar de fã da série Toy Story, não sabia o que esperar. Ao final da sessão, não tive dúvidas. A Pixar conseguiu. De novo.

No último (?) capítulo da série, Woody, Buzz e os outros brinquedos não sabem seu futuro já que Andy vai para a faculdade. Durante a mudança, acabam indo para doação, em uma creche que aparentemente é o paraíso para brinquedos, mas em breve, verão que é na verdade uma prisão cruel...

Toy Story consegue se superar mais uma vez. Sem perder tempo com apresentações desse mundo, o diretor mergulha direto na aventura. A sequência inicial do filme é de deixar qualquer diretor de filmes de ação e aventura de boca aberta. As piadas tem um tom irreverente e arrancam risadas mesmo do adulto mais sisudo. E não falta a ele emoção. A amizade fiel, o abandono e a nova chance, está tudo lá, bem distribuído entre as quase duas horas de filme.

O nível técnico da Pixar é um elogio à parte. Novamente aqui, o 3D não se importa em ficar dentro da tela. O importante é a profundidade que ele consegue e as sensações que transmite perfeitamente. Destaque para a cena do incinerador, assustadoramente real e dramática, um dos momentos mais marcantes de todos os filmes da produtora.

Assim como um ótimo elenco completa um filme, em Toy Story 3, os brinquedos não deixam a desejar. Quem nunca sonhou em ver Buzz Lightyear dançando e cantando em espanhol? (eu! Por isso fiquei tão impressionado...). Mesmo os personagens secundários têm personalidades tão marcantes quanto Woody e Buzz, que aqui dão mais espaço ao drama de seus colegas também. O grupo de vilões também conquista espaço com o metrossexual Ken e o misterioso Lotso, um ursinho de pelúcia com intenções desconhecidas.

Desde o começo de Toy Story 3, predomina o sentimento de nostalgia. Saudade de um tempo onde era tudo mais simples. Onde brincar era a prioridade, onde passávamos a maior parte do tempo nesse mundo de fantasia. E Toy Story não deixa esse clima estragar a aventura, mas nos momentos finais, nos faz encarar a realidade da qual não há escapatória. É preciso crescer, mas nem por isso, deixar de ter essa criança dentro de nós. Mas, mais do que isso, é saber reconhecer que nossos amigos dividem o melhor da nossa vida e sempre vão estar lá para nós. Woody enfim compreende sobre quem a música tema da história trata. Afinal, essa sempre foi a mensagem de Toy Story.

Amigo, estou aqui.

Um comentário:

Natalia Xavier disse...

Pixar domina! Sempre!

Eu adoro os curtas que eles passam no começo. Meu preferido é aquele Presto, do Coelho, se eu não me engano é antes de Ratatouille...

Toy Soty além de pioneira, é uma das animações mais conceituais que existe. Traz um significado de amizade intangível, e ainda sim essa nostalgia que vc cita, dos tempos bons de infância.

Ainda não assisti o 3, mas eu acho que desse final de semana não escapa! hehehehe.

Bjos e td de bom!