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Príncipe da Pérsia: As areias do tempo -Aventura amalucada tem cara de Sessão da Tarde


Príncipe da Pérsia: As areias do tempo -Aventura amalucada tem cara de Sessão da Tarde


Nota: 6 / 10

Prince of Persia: The Sands of Time
EUA , 2010 - 116 min
Aventura

Direção:
Mike Newell

Roteiro:
Boaz Yakin, Doug Miro, Carlo Bernard

Elenco:
Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina, Steve Toussaint, Toby Kebbell, Richard Coyle, Ronald Pickup, Reece Ritchie


Depois de uma sequência alucinante de aventura, onde Dastan sobrevive a um templo em ruínas, falta pouco para que seu inimigo destrua o mundo inteiro. Mas, por algum motivo, ainda há tempo para parar e dar aquele beijo/declaração para a princesa... não faz sentido. Certo, este é um filme de aventura, da Disney e que deve substituir a franquia de Piratas do Caribe. É baseado em um videogame. Não adianta, não cola. Entre cenas de ação e lutas com slow motion de série de tv, encontramos bons efeitos e aí fica a pergunta: por que não foram usados antes? Mas a verdadeira pergunta é: o que deu errado?

Baseado no game de mesmo nome, Príncipe da Pérsia - As areias do tempo mostra Dastan, um jovem acusado de matar seu pai o rei. Agora, ele deve proteger a adaga do tempo (um artefato que seria o DeLorean antes de Cristo) para que não caia em mãos erradas e provar que não é o assassino.

Não gosto de Mike Newell, pronto. Não é pessoal, mas o estilo desse diretor deixa muito a desejar. Ele fez o pior filme da saga Harry Potter (o meu livro preferido), O Cálice de Fogo e a entediante adaptação do romance de Gabriel García Marquéz, Amor nos tempos de cólera. Em PoP as cenas parecem não se encaixar bem, sua escolha de efeitos é duvidosa e ele não sabe que tom dar ao filme. Será aventura? Ou será suspense? Quem sabe, um romance...? Quer coisa mais brega do que uma frase romântica aparecendo na tela enquanto o sol nasce? Se algo funciona no filme são as viagens no tempo de Dastan que realmente emulam a realidade do jogo de forma magnífica. Ainda assim falta ligação com o jogo. Tem os malabarismos, mas faltam as armadilhas que acompanham cada passo do game. PoP acaba passando por um filme de aventura genérico, como qualquer outro. Nem mesmo as lutas são bem coreografadas como em Piratas do Caribe, mas sim, cheia de cortes e muito rápidas para que se possa entender alguma coisa.

Jake Gyllenhaal (de O Segredo de Brokeback Mountain) é esforçado e até mesmo parecido com o personagem, mas falta um pouco de maldade e violência em sua interpretação. Mesmo a princesa (Gemma Artenton) parece mais corajosa do que ele em certos momentos. O resto do elenco passa despercebido. Ben Kingsley está péssimo como vilão cafona e os irmão de Dastan parecem tão caricatos como poderia ser.

Mas é claro que o roteiro leva as glórias da maioria das bobagens. São cenas desnecessárias e erros mitológicos! Só pra constar, não existe a palavra armagedon no vocabulário Persa antes de Cristo, visto que faz parte da mitologia judaica e não árabe. Bastava uma simples pesquisa no Google para descobrir isso. São diálogos sem peso e uma estrutura que define o filme em um pega-pega entre a princesa e Dastan, que irrita depois que ele é enganado pela 4ª vez pela jovem.

Depois de todos esses pontos negativos, Príncipe da Pérsia ainda é um bom filme para ser assistido no cinema. É divertido, tem muita aventura e bons efeitos. Não tem profundidade, obviamente, mas soluções interessantes e, no fim, diverte. Pelo menos, não faz você bocejar como Alice teimava em fazer...

Um comentário:

will disse...

6????

nota 6????

Não acredito que tu botou a parte do armaggedon...

6?????