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O Nevoeiro - Suspense tem a marca de Stephen King


Coincidentemente, os últimos dois filmes que assisti no cinema, tratavam da mesma premissa: Uma situação incomum confina um certo número de pessoas, em um determinado lugar. Lá, os instintos básicos de sobrevivência, colocarão à prova o instinto civilizado e a humanidade dos participantes. O Nevoeiro, baseado em um conto de Stephen King, consegue mesclar o sobrenatural com o supernatural do homem, de maneira equilibrada e tecnicamente competente. 

Uma névoa cobre toda uma cidade obrigando alguns habitantes a refugiarem-se em um supermercado.  Quem tenta fugir, é devorado por estranhas criaturas que habitam o nevoeiro. Ali, os instintos mais primitivos de cada pessoa será testado ao seu limite.

Uma direção competente, que o experiente Frank Darabont(Um sonho de Liberdade, À Espera de um milagre) sabe administrar. A câmera parece sempre escondida em alguma prateleira, seguindo sorrateiramente os protagonistas, ajustando-se, procurando o melhor foco. Esse experimento dá uma sensação de claustrofobia e perseguição. O nevoeiro nas janelas do mercado aumenta esta sensação, e o crescente clima de tensão leva-nos até o último minuto de exibição. O único pecado talvez sejam os efeitos especiais, bastante ultrapassados para olhos exigentes. Claro que como essa não era a proposta do filme(mais um terror com ótimos efeitos, mas sem cérebro) não fez tanta falta. E nesse caso, o uso de maquiagem teve mais uma vez ponto alto. Os pedaços das pessoas, inchaços e envenenamentos são muito bem retratados. Isso é algo que desde o começo fica claro, quando na primeira cena, vemos um pôster do filme Enigma De Outro Mundo, terror psicológico excepcional dos anos 80. 

Como neste filme, O Nevoeiro tem seu foco nas relações pessoais. Desenvolve muito bem o fanatismo e o medo que crescem em situações sem regras ou controle. Mas, em uma semana onde temos Blindness em cartaz, o filme passa como uma boa escolha para quem mais do que tomar alguns sustos no cinema. Aliás, o final do filme é bem estilo de Stephen King...nem por isso, deixa de ser aterrador.

Mais uma coisa: a censura 14 anos atrapalha(e muito) a ida ao cinema. Principalmente, quando pirralhos não calam a boca ao seu lado, no cinema. 

4 comentários:

Raquel Reckziegel disse...

Stephen é o rei do terror. Às vezes não entendo os filmes dele, mas enfim... =P

Realmente, gente conversando assuntos diversos do seu lado no cinema é o "ó".

Esse não é um remake daquele filme antigo da névoa, com os zumbis ou é adaptação de Stephen King, mesmo?

Misael disse...

é adaptação do conto do livro tripulacao de esqueletos.
O diretor conseguiu fazer uma ótima adaptação. Não privilegia os monstros desconhecidos. Só o lado monstruoso de cada ser humano

Juliane Soska disse...

definitivamente: king escreve filmes que sem querer viram livros...hahaha
ele já tem um estilo clássico, é sinônimo de cinema.

mas esse não é terror, como tantas outras obras.

curto filmes assim!
verei

will disse...

Bah, é do diretor das duas melhores adaptações do Sr. King pro cinema!!
Isso faz dar mais vontade ainda de ver!

Acho as adaptações dos livros mais de terror, vampiros, lobisomens e etc, mto toscos, são os romances (ou nesse caso, conto) que tratam dos aspectos humanos que dão mais certo.
Vê-se á espera de um milagre, um sonho de liberdade, conta comigo, lembranças de um verão, etc...

Stephen King kicks ass!

Meninas tagarelas abobadas.
Foi a mesma coisa qdo eu assisti 'O grito'...
¬¬

bjão!