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Guru do Amor - Mike Myers exagera e passa do ponto


Quando a série Austin Powers surgiu há longíquos dez anos, revolucionou totalmente o humor do cinema norte-americano. Com piadas despretensiosas e politicamente incorretas, o filme é considerado até hoje um marco para os fãs de cultura pop. Personagens cativantes marcaram por um bom tempo, como o Dr. Evil e Mini Mim, o próprio Austin Powers, as Power Girls. Depois do último filme da série, Austin Powers contra o homem do Membro de Ouro, o ator retirou-se por alguns anos do cinema. A notícia de que ele produzia o Guru do Amor reanimou a audiência. Mas, talvez essa falta de prática tenha feito ele esquecer um pouquinho o timming do humor.

Em Guru do Amor, Mike Myers é o guru Pitka. Mestre em arrumar relacionamentos estragados, é contratado por um time de hóquei para reabilitar seu melhor jogador, que sofre com a separação da esposa.

O número musical inicial, tradição dos filmes do ator, não deixa nada a desejar em relação aos outros. Ótima coreografia, ótima música. Boa parte do filme é impecável.Mike Myers sabe utilizar piadas de peido, bem como todo humor nojento e de qualidade duvidosa que muitos não sabem trabalhar. Ele sabe como encaixar o maior número de piadas em uma cena possível. Destaque para o elefante e os coadjuvantes que divertem ainda mais o ambiente. A briga dos esfregões fedorentos é impagável.

O filme peca quando tenta dar um ar mais sério. Um dramalhão desconexo, aliado à pouca qualidade de alguns atores, faz com que a cena descambe e apenas diminua o ritmo frenético do filme. Bem assim, como certas piadas que forçam demais a barra do politicamente incorreto e descambam para um humor vergonhoso. Humor esse que não infantil demais para adultos e sujo demais para crianças.

A sensação ao final é quase como aquela, de comer um bife queimado...

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