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REC - Terror espanhol sabe meter medo




Quando a campanha viral de A Bruxa de Blair surgiu, acreditava-se piamente que os jovens realmente tinham morrido. As câmeras nervosas causavam náuseas. Parecia uma nova forma de fazer terror. Mas, quando a história real foi revelada, boa parte do glamour desse tipo de câmera foi-se junto. Menos de um ano atrás, foi a vez de J.J. Abrams trazer a idéia de volta ao cenário, com Cloverfield. O suspense do filme novamente mostrou o poder de atração ou de ódio que esse tipo de câmera pode causar. Proporcional ao número de pessoas que gostou, foram os que não gostaram ou até detestaram o estilo. Isso não impediu REC de ser feito.

Na história, uma repórter produz um programa onde acompanha bombeiros e outras profissões durante a noite.  Ao acompanhar uma chamada em um prédio, onde uma mulher está trancada em seu apartamento, repentinamente todos vêem-se presos dentro do lugar, que está infestado de criaturas terríveis.

Os diretores Jaume Balaguéro e Paco Plaza não tem pressa em desenvolver o suspense do filme. Em um ritmo crescente uniforme, a história parece não querer adiantar os sustos que estão por vir. E quando eles chegam, passado toda tensão inicial, não param mais. As criaturas não são comuns. Diferente do que normalmente se acredita sobre zumbis, esses sabem abrir portas, não morrem com tiros, não param por nada. Essa característica, aliado a uma câmera em pânico e como única fonte de luz é perturbadora. Os dez minutos finais são uma aula de suspense. Tensão total, tirada dos piores pesadelos.

Sem atores conhecidos, o filme sabe como impressionar sem soar forçado ou ridículo. E devido ao seu sucesso, REC já tem um remake, programado para estrear por aqui no mês que vem. Quarentena não é tão bom como seu original, obviamente. REC é único. Não é perfeito, mas assusta pra caramba.

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